O rodízio municipal de veículos de São Paulo organizado pela CET (companhia
de engenharia de tráfego) é uma restrição a circulação de veículos
automotores na cidade de São
Paulo. O projeto foi implantado em 1997 com o propósito de melhorar as condições
ambientais reduzindo a emissão de poluentes na atmosfera, no entanto,
rapidamente adquiriu grande importância na questão da movimentação das pessoas
dentro da cidade, passando a ser divulgado
como um importante método para reduzir o congestionamento nas principais vias da cidade nos horários de maior movimento. O funcionamento básico do
rodízio pode ser encontrado em detalhes na seguinte página: http://www.cetsp.com.br/consultas/rodizio-municipal/como-funciona.aspx.
A questão das multas.
No entanto, em paralelo a lei municipal 12.490 de 3 de outubro de 1997 que implantou o rodízio, temos a evidente contribuição do dinheiro obtido pelas multas para o orçamento do município, situação que fica ainda mais evidente quando observa-se que a cidade de São Paulo tinha no inicio de 2014, segundo dados do Detran, uma frota estimada de 7,6 milhões de veículos e que a previsão de arrecadação de multas feita pela prefeitura da cidade para esse mesmo ano é de nada menos que 1,190 bilhão de reais. Ou seja, em média, cada veículo registrado na cidade de São Paulo, pagará 157 reais de multa durante 2014, evidenciando que as multas são parte importante da arrecadação do município e levantando a seguinte questão: será que realmente o rodízio municipal de veículos atinge seus objetivos ou seria essa apenas mais uma atitude do poder público de usar a multa de trânsito como meio de arrecadação, em vez de um instrumento de segurança no trânsito, de educação e de desestímulo ao cometimento de infrações?
Controvérsias.
Atualmente existem diversas controvérsias em relação ao real motivo do rodízio, sendo que uma das críticas mais fortes recai sobre o fato do crescimento da frota de veículos na cidade de São Paulo ser contínuo, mostrando que todos aqueles que possuem condições financeiras acabam comprando um segundo veículo para poder circular durante toda a semana pela cidade, desse modo, os congestionamentos somente aumentam a cada dia que se passa. Assim, os supostos objetivos do rodízio, de diminuir a quantidade de veículos circulando e diminuir a poluição atmosférica não estão sendo cumpridos.
Controvérsias.
Atualmente existem diversas controvérsias em relação ao real motivo do rodízio, sendo que uma das críticas mais fortes recai sobre o fato do crescimento da frota de veículos na cidade de São Paulo ser contínuo, mostrando que todos aqueles que possuem condições financeiras acabam comprando um segundo veículo para poder circular durante toda a semana pela cidade, desse modo, os congestionamentos somente aumentam a cada dia que se passa. Assim, os supostos objetivos do rodízio, de diminuir a quantidade de veículos circulando e diminuir a poluição atmosférica não estão sendo cumpridos.
Para
evidenciar que realmente o rodízio municipal de veículos que vigora em São
Paulo não elimina os problemas que levaram a sua criação, realizaremos uma
análise da pesquisa Origem Destino de 1997 para compará-la com a pesquisa OD
2007 e 2012 sempre complementando os dados com valores auxiliares, assim será
possível, com algumas suposições, avaliar o quão eficiente é a lei que
regulamenta o rodízio.
Número de viagens diárias
Inicialmente,
verifica-se um evidente aumento no número de viagens diárias na região
metropolitana de São Paulo, Os números passaram de 31.432.000 viagens em 1997
para 43.715.000 em 2012, representando um aumento de 39,08%, que pode ser
observado no seguinte gráfico:
Além disso, é possível verificar, que o número
de viagens motorizadas aumentou significativamente entre 1997 e 2012:
Para
termos noção do aumento das viagens motorizadas, somente nesse período, houve
um aumento de cerca de 45%. Em 2012 existiam cerca de 184 veículos por
habitante na região metropolitana de São Paulo.
Com
esses dados fica claro que o rodízio municipal é ineficiente em diminuir o
número de veículos circulando na cidade, principalmente quando tratamos de
veículos particulares, consequentemente o rodízio municipal também é
relativamente ineficiente e em diminuir a poluição ambiental.
Os congestionamentos.
Também percebe-se que, segundo a CET, não houve diminuição dos
congestionamentos no período de 2000 a 2012
Pico de transito da manhã por ano Pico de transito
da tarde por ano
Conclusão
A
partir desses dados é possível afirmar que o rodízio é ineficiente em alcançar
os objetivos aos quais inicialmente se propôs, no entanto é difícil analisar a
real eficiência dessa política de controle do transito uma vez que não há
parâmetros para comparação, surge então a seguinte questão, e se não houvesse o
rodízio, como seria o transito na cidade? Analisaremos essa questão com uma
pesquisa a ser apresentada no próximo post.
Fontes:
Pesquisa OD 2007- http://pesquisas.epl.gov.br/
Pesquisa OD 1997- http://www.cetsp.com.br/
Pesquisa OD 2012- http://www.cetsp.com.br/
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